Azeite de Oliva Extravirgem Novas Vertentes Safra 2022 250ml

O Azeite Vertentes é produzido no município de Andrelândia, na Fazenda Recreio, Sul de Minas Gerais, e é envazado e distribuído pela Agrotora Reflorestamento e Pecuária, do empresário dr. Rubens Ermirio de Moraes.

O engenheiro florestal André e o engenheiro agrônomo Nardotto, ambos são responsáveis pela produção do azeite, que se iniciou em dezembro de 2014 com o plantio experimental de mil plantas em uma área de cinco hectares. Eles contam que o objetivo inicial era ver a adaptação das oliveiras em Andrelândia e que pegaram uma pequena produção de um vizinho e levaram até a sede Epamig, em Maria da Fé, para extração. O resultado foi um blend de azeite com frescor, sabor e padrões sensoriais de altíssima qualidade, o que os deixaram muito animados. Atualmente a área plantada é de 85 hectares e conta com mais de vinte espécies de oliveiras, que possuem um modo de plantio intercalado, o que beneficia a polinização das plantas.

Já a azeitóloga Ana Beloto, consultora dos azeites Vertentes, aponta que o clima da região e a diversidade de vegetação impactam positivamente nos produtos, acrescentando complexidade de aromas e sabores. “Ao degustar esses azeites, percebemos notas de frutas tropicais como maracujá, cacau e café verde. Estamos construindo um caminho educativo, no sentido de reconhecer nossos sensoriais e de valorizar a qualidade do produto dessa região”, afirma.

Apaixonada pela cultura dos azeites de oliva, a azeitóloga Ana Beloto é comunicóloga e se especializou como sommelière de azeites na IFAPA Espanha e na Universidade Federal de Química, do Uruguai. Ao longo dos 20 anos de atuação nesse setor como profissional de marketing e idealizadora do projeto Azeite-se, ela visita anualmente os produtores e acompanha com eles a colheita de cada safra e a extração do azeite, vivenciando histórias, experiências e provando azeites de várias regiões produtora. Ana é uma das mulheres que lidera no Brasil o movimento mundial Women in Oil e é jurada de concursos internacionais de azeite. Por promover a cultura do azeite no Brasil, ela recebeu dezoito prêmios nacionais e internacionais e a condecoração pelo Governo de Minas Gerais com o Prêmio Eduardo Frieiro. Em 2021, foi listada pela revista Forbes Brasil entre 100 Mulheres mais poderosas do Agro.

Os produtos da Serra da Mantiqueira, já há alguns anos, têm conquistado paladares e despertado o interesse de consumidores pelo frescor e sabor apresentados. O cultivo de oliveiras na região vem sendo estudado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, desde a década de 1970. Em 2008, ela foi responsável pela extração pioneira do azeite extravirgem no Brasil. As pesquisas abrangem todo o processo produtivo, desde a escolha das mudas até a obtenção do azeite e a avaliação dos padrões sensoriais.

Alguns chamam a olivicultura mineira de “novo ciclo do ouro”, em referência ao ciclo do ouro vivido em Minas Gerais – um período na história do Brasil Colônia em que a principal atividade econômica era a extração e exportação do ouro – e a cor do azeite ao sair fresco da máquina.

A olivicultura em Minas Gerais foi resultado de tentativas frustradas de produção e da perseverança de pessoas visionárias e à frente do seu tempo que acreditaram e não desistiram da ideia de produzir azeites no Brasil. Imigrantes trouxeram as primeiras mudas de oliveiras para o sul de Minas, para a cidade de Maria da Fé, uma cidade de quinze mil habitantes que se desenvolveu em função da cultura do café e da plantação de batatas e que teve em 2008 a primeira extração de azeite da região.